É impossível falar sobre as “aventuras” e
experiências de nós mulheres do século XXI, solteiras e com quase trinta, sem o
famoso “por quê?”. Faz parte talvez de 90% do assunto nos encontros femininos.
Entre um vinho e um cigarro, ele esta lá. Quando estamos juntas uma série de
rituais acontecem, dentre eles, a análise e comparação de experiências vividas
ou não com os enigmáticos seres imprevisíveis denominados HOMENS.
Vivemos altos e baixos em minutos. Passamos
horas pensando, analisando e tentando, principalmente, entender o “porquê” de
tanta coisa sem explicação nesse bendito mundo –bizarro- masculino. Mas isso,
claro, não é um privilegio de nós solteiras não. Não é porque estando numa
relação estável que, provavelmente,
essas dúvidas não teriam seu lugar (em alguns casos dobram). Elas estão
lá. Já vivi e conheço mulheres que vivem essas perturbadoras questões
diariamente, afinal, o foco das intrigantes dúvidas está ali dormindo sem
camisa com a bermuda do futebol e as meias de pares diferentes ao seu lado.
Ou seja, nós solteiras de quase trinta, ainda
podemos depois de uma transa não satisfatória dar bom dia, um beijinho tímido
de despedida (forever) e, ou como diriam algumas amigas: “Pode deixar, eu
conheço o caminho da porta”, e ir correndo esquecer o episódio contando os
detalhes do desastre e mais uma experiência para a amiga que, muito
provavelmente, vai estar já esperando a sua ligação.
Por outro lado, quando vivemos aquela transa
(mais que) satisfatória, pegamos aquele telefone já com um turbilhão de
pensamentos que, sinceramente, entra boy e sai boy da nossa vida, experiências e aniversários, somos sim
adolescentes bobas quando recebemos uma
gota de esperança que aquela noite espetacular pode virar uma troca de mensagens
e um possível novo encontro daqueles de dar viço a qualquer pele. Ponto para as
casadas/namoradas que tem ali o aconchego daquele peito forte para descansar
sem muitas encanações, naquele momento.
Enfim, cumprindo o ritual de contar os
detalhes as amigas que analisarão com você o comportamento do cara e tentar
acertar ou prever o porquê de cada gesto e reação, montamos um perfil
psicológico, um apelido e passamos horas especulando e tentando prever atitudes
seguintes.
Parecemos loucas, a princípio, e realmente
ficamos as vezes, mas como não aumentar a dose de chocolate na semana em que
aquele cara espetacular não te dá sinal de vida e aquele da transa nao
satisfatória/preguiça de você enche sua caixa de mensagens?
Detalhe que o cara sensacional foi suuuper
fofo e atencioso NAQUELA noite, tudo parecia ser sincronizado e ele estava te
olhando com aquele olhar de “plenamente satisfeito”, sabe aquele? Então, por
quê??? Claro que ficamos horas analisando cada detalhe desse ser até encontrar
uma brecha ou até mesmo uma possível resposta, mas, óbvio, nada! As mais
experientes diriam: “Ele nao quer se apegar”, as bem resolvidas: “Próximo!!” e
as “eu”... “Mas por quê???”.
Existem, claro, os casos mais “graves”. Aquele onde o o Sr. Transa perfeita da sinal de vida – Yay - e fala com você super interessado, e quer te ver novamente, você, claro, acha ótimo e super topa, e fica mais idiota que de costume porque afinal você quer estar perfeita nesse segundo grande dia. Eis que surgem os primeiros “probleminhas”. Ou ele te liga no fim da noite pra você se sentir a última das últimas opções (até aí damos um desconto e respondemos, pois se trata DAQUELE cara), e ai ele simplesmente tem preguiça, repito, preguiça de ir ate você (!!!). Como se não pudesse ficar pior existem aqueles que falam com você a semana toda, até transar pela internet você se permitiu porque aquele fim de semana prometia. Corta pra você no final de semana olhando o celular e nada!
Então vem a grande questão: POR QUE,
criatura, por que nos fez crer que teríamos pelo menos aquele que estaria ali
quando precisarmos novamente de uma conchinha quentinha?(Porque sim queremos
isso e nada mais, as vezes, será que pensam que, por nos dar essa ‘super’ prova
de interesse, queremos casar?) Por que ser tão estranhamente difícil e complicar
a vida?
São apenas algumas das questões que rondam
nossas pobres cabecinhas que, por mais
que sejam as vezes trágicas, dão tempero e diversão aos nossos vinhos e
cigarros, afinal é bem gostoso falar “mal’ desses seres bizarros por natureza,
as vezes!
Um dia acho que chegaremos a uma conclusão
final, enquanto isso, agradeça todos os dias a “santa Nutella” e chocolates
quentes daquele lugarzinho charmoso ou até mesmo a sessão engordativa do
mercado, porque, é, eles não vão parar e nós também não!
Brindemos as diferenças e maluquices da vida
moderna mas não percamos a esperança que o Sr. Transa espetacular, que você vai
poder chamar de SEU, está em algum lugar por esse mundo cheio de vida pra
viver!
Autora: Gaby
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